Desde o ano de sua fundação, em 2008, o Teatro VagaMundo vem funcionando como um centro de investigação da arte da palhaçaria. A pesquisa desenvolvida pelo grupo busca estabelecer relações criativas entre a comicidade do palhaço e as manifestações populares da cultura brasileira, através de encenações que envolvem a palhaçaria clássica e elementos encontrados na tradição dos animadores de feiras, dos saltimbancos circenses e dos artistas de rua.

Durante sua trajetória, o VagaMundo vem investindo na realização de projetos e pesquisas sensíveis às demandas históricas das minorias sociais, promovendo encontros lúdicos com comunidades sem acesso aos circuitos culturais vigentes no país. Através destas iniciativas, o grupo conduz a pesquisa em palhaçaria no sentido da construção de novos modos de relação entre o artista e o público, e segue aprofundando a investigação sobre o palhaço e o riso como linguagens universais de comunicação e encontro com o outro. Neste ponto, os conceitos de palhaçaria e diferença convergem e se potencializam reciprocamente, instigando a interação entre ator e público, entre a arte e as diferentes experiências de vida e identidades brasileiras, e entre comunidades vulneráveis e a sociedade em geral. 

Em síntese, o Teatro VagaMundo concebe o palhaço como um ser brincante que celebra as diferenças e singularidades, ocupando o lugar de agente problematizador de estereótipos e convenções sociais.

Confirmando a vocação andarilha que o nome do grupo anuncia, o Teatro VagaMundo já realizou apresentações em 18 estados do território brasileiros: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Piauí, Bahia, Acre e Maranhão.

Além da circulação nacional, o grupo já realizou apresentações em outros países sul-americanos como Colômbia, Argentina, Uruguai e Equador.